Friday, April 9, 2010

Contra o mal atendimento...



Venho através deste humilde blog pessoal e da internet divulgar um lugar que não é recomendado por quem e para quem aprecia uma boa cerveja gelada e não admite ser mal atendido. Estive lá no dia 08 de abril de 2010, e após uma sequência desastrosa de grosserias e despreparo da equipe, voltei pra casa e escrevi o seguinte:

The Irish Pub - Rua Jangadeiros, 14A - Ipenema
(na praça General Osório, próximo à estação do metrô)

Uma opinião minha? O pub oferece excelente comida, além de um pint de Guinness muito bem servido. E os elogios param por aqui.

Desde a última vez em que havia estado lá, em abril 2009, para este abril de 2010, o nível do staff caiu de forma assustadora.

Eu me recordo de haver um inglês e uma menina brasileira, com boa fluência em inglês, que o ajudava com os clientes, tanto no atendimento quanto em eventuais traduções, já que o português do rapaz não era lá dos melhores. E também me recordo de uma hospitalidade tão agradável que me fez sentir o calor da lareira de um pub no interior da Inglaterra.

E foram estas boas lembranças que me fizeram recomendar o local ao meu irmão, e lá fomos com nossas namoradas e mais um amigo meu que, inglês de Leeds, conhece muito bem um pub e sabe que num lugar desses os landlords - nome tradicional herdado pelos gerentes - costumam ser realmente bem cordiais.

Mas desta vez o que encontrei mais se assemelhava à uma área de baixo meretrício do que a um pub. As atendentes, nitidamente despreparadas para lidar com o público que frequenta este tipo de lugar, lembravam àquelas que frequentavam a Help, cujo foco era levar o turista para conhecer uma outra face do Rio de Janeiro - aquela da protistuição, que infelizmente ainda é das mais faladas no exterior.

Logo no início, quando ainda estávamos escolhendo o que iríamos beber, perguntei se havia uma cerveja inglesa, e fui respondido com um seco "só tem o que está escrito aí!". Sem-graça, voltei meus olhos para o cardápio, e ao pedir uma determinada cerveja mexicana, ouvi um sonoro "Ah, tem todas, menos essa aí que você falou!".

Após escolher outra marca de cerveja, deparei-me com cardápios informando preços diferentes. E como consumidor, tenho o direito assegurado por lei de, em havendo um produto com dois preços expostos, pagar o preço mais baixo.

Para evitar bate-boca na hora de ir embora, fui direto ao balcão pedir minha bebida e já pagar ali mesmo, pois como ali não é uma boate, e sim um bar como outro qualquer, não vejo a necessidade de abrir uma conta por uma simples garrafa de cerveja que eu mesmo posso carregar do balcão até a minha mesa; não preciso de um garçom para fazer isto para mim, além de ser tradicional em pubs de qualquer lugar da Irlanda e do Reino Unido o cliente ir ao balcão, pegar e pagar por suas bebidas e levá-las à mesa, ficando os atendentes encarregados apenas de levar pratos de comida, quando for o caso. Sei disso porque, quando mais jovem, trabalhei em pubs por alguns anos em diversas cidades e vilarejos da Inglaterra e da Escócia.

Mas ao pedir a cerveja, fui informado pela atendente do balcão que deveria pagar o preço mais alto, e já incluindo os 10%. Disse à ela que queria pagar o preço mais baixo, pois a casa não pode praticar dois preços para o mesmo produto, e caso isto ocorra, a lei me garante o direito de pagar pelo menor deles. E que não concordava com os 10% - que aliás não sou obrigado a pagar, caso me sinta mal atendido, sentimento este que já começava a aflorar - e que não fazia sentido eu ser cobrado por uma taxa de atendimento, já que eu mesmo estava indo ao balcão para pegar e pagar pela minha bebida.

Ela arrancou da minha mão a nota de dez reais de forma abrupta e, ao perceber que não havia troco em seu caixa (que seria apenas uma nota de cinco), fechou-o com violência e dirigiu-se à outra pessoa do outro lado do balcão, falando palavras baixas em tom de protesto, e após pouco mais de um minuto retornou com meu troco, e com uma garrafa de cerveja que já estava aberta - eu preferia que ela a tivesse aberto na minha frente, mas também não queria criar mais caso, e não falei nada sobre isso.

De volta à mesa, ouvi meu irmão pedindo um Fish & Chips, tradicional prato inglês/irlandês, e pedindo à atendente se poderia substituir o molho tártaro pelo molho curry, e fez disso condição para pedir o prato: ele já conhecia o molho tártaro, e só estava pedindo o prato para prová-lo com o molho curry. A atendente confirmou que havia o molho, e levou o pedido à cozinha. Poucos minutos depois - mas poucos mesmo - chegou o prato, com um potinho de molho tártaro. Muito educado, meu irmão indagou sobre o molho curry, que era o motivo dele ter pedido aquele prato, e mais uma vez fomos respondidos de forma grosseira, com um "Esse outro aí [o curry] acabô! [sic] O que tem agora é esse..."

O meu amigo inglês, que fala razoavelmente bem o português - em certos aspectos até melhor do que algumas das atendentes -, pediu uma caipirinha, e foi informado de que não estavam servindo caipirinha porque não havia limões. A moça nem percebeu que o peixe do meu irmão veio com um limão inteiro, partido em quatro gomos, e que ele havia solicitado um limão extra à uma outra menina e fora atendido.

Sem fome, peguei minha cerveja e fui para o lado de fora, onde cultivei meu péssimo hábito de fumar. Entre uma baforada e outra, percebo que sai de dentro do pub uma menina cuspindo fogo, dizendo palavras tão baixas que acho que "filho da p#&@" é a mais simples que eu posso mencionar aqui. Dizia que "essas pessoa sai p'ra bebê e não tão acostumado a ambiente de púbi [sic]", e em seguida se insinuava para um rapaz, falando em um inglês pobre e monossilábico, e dizia para outras duas meninas que já estavam lá fora que iria mostrar a ele um Rio de Janeiro que ele não conhecia, e ao dizer isso colocou suas mãos nos joelhos, inclinou-se na frente do jovem, e iniciou um rebolado como em uma dança de funk.

Ao retornar, ainda presenciei a outra parte do cardápio que continha os preços mais baixos, que ainda estava em nossa mesa, ser violentamente arrancado de lá, sem nem ao menos um pedido de licença, e foi quando percebemos que só haviam homens no recinto, além das atendentes, e que fotos de abraços e mãos-bobas estavam começando a acontecer de formas cada vez menos discretas.

Como eu estava com meu irmão e nossas namoradas, não éramos vistos como "clientes em potencial", e tivemos que nos contentar em terminar o que havíamos começado ao som de palavras de baixo calão e cenas das atendentes se esfregando nos turistas que lá estavam, além de termos a transmissão de um jogo na ESPN substituída pela novela das oito.

Uma noite para ser esquecida, mas não para deixar de ser divulgada.

Monday, April 5, 2010

Sem sexo até o final de 2010

(Luis Fernando Veríssimo)

Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes. Nunca tinha entendido isso de 'Marte e Vênus'. E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração. Uma noite, na semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama. Bem, começamos a ficar à vontade, fazer carinhos, provocações, o maior TESÃO. Nesse momento, ela parou e me disse:

- Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...

Eu falei:

- O QUEEE!!???

Ela falou:

- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais, como mulher.

Comecei a pensar no que podia ter falhado. No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.

No dia seguinte, fomos ao shopping. Entramos em uma grande loja de departamentos. Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos. Como estava difícil escolher entre um ou outro, falei para comprar os três. Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem com as novas roupas. Cada par custava R$ 200,00. Respondi que tudo bem. Depois fomos à seção de jóias, onde gostou de uns brincos de diamantes e eu concordei que comprasse. Estava tão emocionada!!! Deveria estar pensando que fiquei louco. Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga. Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim. Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso. Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz! Aí ela falou:

- Vamos passar no caixa para pagar, amor?

Daí eu disse:

- Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem... Só quero que você me abrace.

Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei:

- Você não sabe se conectar com as necessidades financeiras de um homem.

Vinguei-me! Mas acredito que o sexo acabou pra mim até o Natal de 2010...

Descoberta a origem dos ovos de páscoa...